quarta-feira, 7 de julho de 2010

FISIOLOGIA VEGETAL


Condução da seiva elaborada:

É a solução de substancias orgânicas sintetizadas nas folhas, é transportada para todas as células da planta através dos vasos liberianos, ou floemáticos.

Anel de Malpighi: o papel do floema na condução da seiva elaborada pode ser demonstrado por meio de um experimento simples que foi concebido em 1675 pelo biólogo italiano Marcello Malpighi (1628-1694). Esse experimento consiste na retirada de um anel de casca de um ramo ou de um tronco de uma arvore. A casca contém periderme, parênquima e floema, e descola-se exatamente na região do câmbio vascular, um tecido frágil e delicado, situado entre o floema, mais externo, e o xilema, que forma a madeira do ramo.

A retirada do anel de Malpighi interrompe o floema e provoca o acúmulo de substâncias orgânicas acima do corte. Algumas semanas depois da operação, pode-se notar um inchaço na região imediatamente acima do corte. A retirada de um anel de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a nutrição das raízes.

A retirada de um anel de casca do caule interrompe o fluxo de seiva elaborada das folhas para os órgãos consumidores.

Condução da seiva bruta:

Água e vários tipos de nutrientes minerais extraídos do solo pelas plantas são levados até as folhas, onde serão utilizados em diversas reações vitais. A solução constituída de água e de nutrientes inorgânicos que se descola das raízes para as folhas é chamada seiva bruta.


Transporte da seiva bruta no xilema:

Xilema: ele serve como sustentação para a planta, não deixando que as paredes dos vasos lenhosos se deformem.

Aspecto geral das células condutoras do xilema.

O movimento de subida da seiva bruta das raízes até as folhas pode depender de pelo menos três fenômenos: capilaridade, pressão positiva da raiz e transpiração.

Capilaridade: é um fenômeno físico que resulta das propriedades de adesão e de coesão manifestadas pelas moléculas de água. A água sobe espontaneamente por um tubo de pequeno calibre porque suas moléculas, eletricamente carregadas, têm afinidade pela superfície do tubo. Além disso, as moléculas de água mantêm-se coesas, isto é, unidas entre si, devido às pontes de hidrogênio que formam. A água pára de subir no tubo capilar quando a força de adesão torna-se insuficiente para vencer o peso da coluna liquida. A capilaridade é suficiente para elevar a seiva bruta a pouco mais de meio metro acima do nível do colo.

Se uma das extremidades de um tubo fino for mergulhada num recipiente com água, o líquido subirá espontaneamente pelo tubo até uma determinada altura. Esse fenômeno é a capilaridade.

Pressão positiva da raiz: os sais que penetram na raiz são continuamente bombeados para dento do xilema, e seu retorno ao córtex, por difusão, é dificultado pelas estrias de Caspary. A diferença de concentração salina entre o cilindro central e o xilema força a entrada de água por osmose, o que gera a pressão positiva da raiz. Esta faz a seiva subir pelos vasos xilemáticos.

Para os cientistas a pressão positiva da raiz não desempenha papel importante na ascensão da seiva bruta, pois, alem de muitas plantas não apresentarem esse fenômeno, ele não consegue explicar o movimento de água até a copa das arvores.

Gutação: a pressão positiva da raiz geralmente ocorre quando o solo está encharcado e a umidade do ar é elevada. Nessas condições, plantas de pequeno porte eliminam o excesso de água que chega às folhas através de estruturas chamadas hidatódios. O processo de eliminação de água pelos hidatódios é denominado gutação.

Gutação em folhas de morangueiro.


Absorção de sais minerais pela raiz:

As plantas necessitam de quantidades relativamente grandes de determinados elementos químicas, como o nitrogênio, o potássio, o cálcio, o fósforo, o enxofre e o magnésio. Por isso esses elementos são chamados macronutrientes ou macroelementos. Já elementos químicos como o cloro, o boro, o manganês, o zinco, o cobre, o molibdênio e o ferro são necessários em pequena quantidade, e por isso recebem o nome de micronutrientes ou microelementos.

A falta de algum desses nutrientes causa sintomas específicos nas plantas. Por exemplo, se faltar magnésio, as folhas ficarão amareladas.

Adubação: solos com deficiência de um ou mais nutrientes são corrigidos pela adição de sais minerais, processo conhecido como adubação. A fonte dos minerais pode ser orgânica ou inorgânica.

Hidrocultura: plantas podem ser cultivadas em meio líquido pela técnica de hidrocultura. As raízes são mergulhadas em uma solução de sais minerais com a quantidade adequada de macro e micronutrientes essenciais.


Absorção de água pela raiz:

A água e os sais minerais penetram na planta através das células das extremidades das raízes, principalmente na zona dos pêlos absorventes, onde as paredes celulares são bastante penetráveis. Os sais difundem-se para dentro das células, juntamente com a água absorvida por osmose.


Transpiração:

Nas plantas, a transpiração ocorre fundamentalmente nas folhas, que apresentam ampla superfície exposta ao ambiente, e é considerada a principal força responsável pela subida de água pelo xilema. À medida que a água evapora, toda a coluna líquida dentro dos vasos xilemáticos é arrastada para cima, uma vez que as moléculas de água mantêm-se unidas por forças de coesão. O processo seria comparável ao de aspirar refresco por um canudinho. Calcula-se que a força criada pela transpiração seja suficiente para elevar a coluna de água dentro de um vaso xilemático a mais de 160 metros de altura. Essa explicação para o transporte de seiva bruta pelas plantas constitui a Teoria de Dixon (Henry H. Dixon, botânico irlandês, 1869-1953) ou Teoria da coesão-tensão.

Na planta, a maior parte do vapor de água deixa as folhas pelos estômatos (transpiração estomática), mas uma pequena quantidade também sai delas através da transpiração cuticular.


Hormônios:
Auxina
Pricipais funções: Estimula a elongação de caule e raiz. Atua no fototropismo, no geotropismo, na dominância apical e no desenvolvimento dos frutos.
Local de produção: Meristema apical, folhas jovens e sementes.
Transporte: Polarizado (do caule para as raízes) através do parênquima.

Giberelina:
Pricipais funções: Promove a germinação de sementes e brotos; estimula a elongação do caule, o crescimento das folhas, a floração e o desenvolvimento de frutos; afeta o crescimento e a diferenciação das raízes.
Local de produção: Meristema apical, folhas jovens, raízes e embrião.
Transporte: Desconhecido.

Citocinina:
Pricipais funções: Afeta o crescimento e a diferenciação das raízes; estimula a divisão e o crescimento celulares, estimula a germinação e a floração; retarda o envelhecimento. (Cinetina é um tipo de citocinina).
Local de produção: Raízes.
Transporte: Através do xilema.

Ácido abscísico:
Pricipais funções: Inibe o crescimento; fecha os estômatos quando falta água; atua na quebra da dormência das sementes.
Local de produção: Caule, folhas velhas e coifa.
Transporte: Através do sistema vascular.

Etileno:
Pricipais funções: Promove o amadurecimento dos frutos; antagoniza ou reduz os efeitos da auxina; promove ou inibe, dependendo da espécie, o crescimento e o desenvolvimento de raízes, folhas e flores.
Local de produção: Tecidos de frutos, nódulos foliares e tecidos velhos.
Transporte: Desconhecido (possivelmente por difusão).

Bibliografia:

- MERCADANTE, Clarinda. BRITO, Elias Avancini de. ALMEIDA, Fernando Cesar. TREBBI, Helio. FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, 1. Ed. São Paulo: Moderna, 1999.

- AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna, 2. Ed. rev. São Paulo: Moderna, 1997.


Alunos: Brendo Guimarães, Lucas Dias, Matheus Langendolff, Sabrina Frasson, Tathiane Brum.

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