Condução da seiva elaborada:
É a solução de substancias orgânicas sintetizadas nas folhas, é transportada para todas as células da planta através dos vasos liberianos, ou floemáticos.
Anel de Malpighi: o papel do floema na condução da seiva elaborada pode ser demonstrado por meio de um experimento simples que foi concebido em 1675 pelo biólogo italiano Marcello Malpighi (1628-1694). Esse experimento consiste na retirada de um anel de casca de um ramo ou de um tronco de uma arvore. A casca contém periderme, parênquima e floema, e descola-se exatamente na região do câmbio vascular, um tecido frágil e delicado, situado entre o floema, mais externo, e o xilema, que forma a madeira do ramo.
A retirada do anel de Malpighi interrompe o floema e provoca o acúmulo de substâncias orgânicas acima do corte. Algumas semanas depois da operação, pode-se notar um inchaço na região imediatamente acima do corte. A retirada de um anel de Malpighi do tronco de uma árvore acaba por matá-la, em virtude da falta de substâncias orgânicas para a nutrição das raízes.
Condução da seiva bruta:
Água e vários tipos de nutrientes minerais extraídos do solo pelas plantas são levados até as folhas, onde serão utilizados em diversas reações vitais. A solução constituída de água e de nutrientes inorgânicos que se descola das raízes para as folhas é chamada seiva bruta.
Transporte da seiva bruta no xilema:
Xilema: ele serve como sustentação para a planta, não deixando que as paredes dos vasos lenhosos se deformem.Capilaridade: é um fenômeno físico que resulta das propriedades de adesão e de coesão manifestadas pelas moléculas de água. A água sobe espontaneamente por um tubo de pequeno calibre porque suas moléculas, eletricamente carregadas, têm afinidade pela superfície do tubo. Além disso, as moléculas de água mantêm-se coesas, isto é, unidas entre si, devido às pontes de hidrogênio que formam. A água pára de subir no tubo capilar quando a força de adesão torna-se insuficiente para vencer o peso da coluna liquida. A capilaridade é suficiente para elevar a seiva bruta a pouco mais de meio metro acima do nível do colo.
Pressão positiva da raiz: os sais que penetram na raiz são continuamente bombeados para dento do xilema, e seu retorno ao córtex, por difusão, é dificultado pelas estrias de Caspary. A diferença de concentração salina entre o cilindro central e o xilema força a entrada de água por osmose, o que gera a pressão positiva da raiz. Esta faz a seiva subir pelos vasos xilemáticos.
Para os cientistas a pressão positiva da raiz não desempenha papel importante na ascensão da seiva bruta, pois, alem de muitas plantas não apresentarem esse fenômeno, ele não consegue explicar o movimento de água até a copa das arvores.
Gutação: a pressão positiva da raiz geralmente ocorre quando o solo está encharcado e a umidade do ar é elevada. Nessas condições, plantas de pequeno porte eliminam o excesso de água que chega às folhas através de estruturas chamadas hidatódios. O processo de eliminação de água pelos hidatódios é denominado gutação.
Absorção de sais minerais pela raiz:
As plantas necessitam de quantidades relativamente grandes de determinados elementos químicas, como o nitrogênio, o potássio, o cálcio, o fósforo, o enxofre e o magnésio. Por isso esses elementos são chamados macronutrientes ou macroelementos. Já elementos químicos como o cloro, o boro, o manganês, o zinco, o cobre, o molibdênio e o ferro são necessários em pequena quantidade, e por isso recebem o nome de micronutrientes ou microelementos.
A falta de algum desses nutrientes causa sintomas específicos nas plantas. Por exemplo, se faltar magnésio, as folhas ficarão amareladas.
Adubação: solos com deficiência de um ou mais nutrientes são corrigidos pela adição de sais minerais, processo conhecido como adubação. A fonte dos minerais pode ser orgânica ou inorgânica.
Hidrocultura: plantas podem ser cultivadas em meio líquido pela técnica de hidrocultura. As raízes são mergulhadas em uma solução de sais minerais com a quantidade adequada de macro e micronutrientes essenciais.
Absorção de água pela raiz:
A água e os sais minerais penetram na planta através das células das extremidades das raízes, principalmente na zona dos pêlos absorventes, onde as paredes celulares são bastante penetráveis. Os sais difundem-se para dentro das células, juntamente com a água absorvida por osmose.
Transpiração:
Nas plantas, a transpiração ocorre fundamentalmente nas folhas, que apresentam ampla superfície exposta ao ambiente, e é considerada a principal força responsável pela subida de água pelo xilema. À medida que a água evapora, toda a coluna líquida dentro dos vasos xilemáticos é arrastada para cima, uma vez que as moléculas de água mantêm-se unidas por forças de coesão. O processo seria comparável ao de aspirar refresco por um canudinho. Calcula-se que a força criada pela transpiração seja suficiente para elevar a coluna de água dentro de um vaso xilemático a mais de 160 metros de altura. Essa explicação para o transporte de seiva bruta pelas plantas constitui a Teoria de Dixon (Henry H. Dixon, botânico irlandês, 1869-1953) ou Teoria da coesão-tensão.
Bibliografia:
- MERCADANTE, Clarinda. BRITO, Elias Avancini de. ALMEIDA, Fernando Cesar. TREBBI, Helio. FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia, 1. Ed. São Paulo: Moderna, 1999.
- AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna, 2. Ed. rev. São Paulo: Moderna, 1997.
Alunos: Brendo Guimarães, Lucas Dias, Matheus Langendolff, Sabrina Frasson, Tathiane Brum.
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